segunda-feira, 4 de julho de 2011

Amor moderno e a internet


Amor moderno e a internet

Amor moderno: mensagem instantânea, namorada instantânea

Roger Hobbs
De Portland, Oregon


Durante muitos anos eu tive um problema nada comum entre os geeks da Internet; eu tinha sucesso demais com as mulheres. Eu usava a Internet como um meio de comunicação com mulheres que eu conhecera offline, para superar minha falta de jeito e inventar relacionamentos românticos. Parece saudável? Não era.

Comecei meu segundo ano na faculdade. Fui para uma daquelas grandes escolas públicas do Leste que desova estudantes de uma forma que faria os industriais do século XIX jogar seus chapéus para o ar e gritar um "hurra!" Mesmo nós, os estudantes, nos víamos como uma turba anônima de subproletários, esperando pelo próximo episódio de "American Idol" para nos liberar da dor de uma inexpressiva existência. Eu era a raspa do tacho: gordinho, silencioso, um CDF penosamente desajeitado que se apegava ao seu livro de latim como se ele guardasse os segredos da existência. A única boa coisa que me aconteceu naquele ano foi conhecer Chelsea.

Nós conversamos durante uns quinze minutos sobre videogames, entre uma aula e outra e naquela ocasião eu gastei quatro minutos e 59 segundos em pleno nervosismo, pingando de suor e tentando engolir minha hesitação.

Cada vez que eu tentava dizer alguma coisa interessante, minha frase se desfazia em reticências invisíveis. Minhas palavras mais brilhantes se tornavam apáticas e as minhas alusões culturais mais sofisticadas se desgastavam em um fluxo de citações mal alinhavadas de "Jornada nas Estrelas".

Eu era o nerd por excelência com o problema nerd por excelência: não tinha o menor carisma e sabia disso. Quando tocou a campainha para o início da aula, eu havia visto a expressão favorável dela mudar horrivelmente para o olhar fixo de quem queria estar a milhas de distância.

Eu conhecia bem aquele olhar. Eu o havia visto antes nos olhos de cada uma das pessoas confusas pela minha aparência ou com repulsa pelos meus modos.

Eu precisava abandonar rapidamente a conversa e encontrar uma forma de salvar meu ego ferido, então perguntei qual seu nome de usuário no serviço de mensagens instantâneas. Depois de um angustiante momento, no qual eu fiz preces para cada um dos deuses no panteão de "Dungeons & Dragons", ela o entregou para mim, escrita na embalagem de um doce. Quando foi embora, tive o que corresponde a um grande ataque cardíaco em alguém com 16 anos.

De volta para casa, vi-me olhando com o maior desânimo para o papel amassado, em dúvida se deveria entrar em contato. Descendo as escadas para ir à toca no porão onde ficava o meu computador, decidi que valia a pena tentar. O que era o pior que podia acontecer? Eu podia fazer de mim um idiota e jamais ter a chance de vê-la de novo.

Sendo essa possibilidade insignificantemente diferente da situação na qual eu já me encontrava, entrei no serviço e disse "olá" com um daqueles "emoticons" sempre animados. Respirei profundamente, e me preparei para uma outra tormentosa jornada em direção ao fracasso total.

Foi então que uma coisa mágica aconteceu.

Não sei o que foi exatamente. De algum ponto na vastidão da Internet, passei por uma seqüência de transformações que foram o equivalente a um desenho animado infantil japonês. Subitamente, passei de um sapo com excesso de peso e de roupa, para um príncipe encantado, belo e entendido em tecnologia.

Estando online eu podia me safar do turbilhão de nervos que antes me levara ao fracasso. Assim que meus dedos tocaram as teclas, deixei de ser apenas mais um rosto na imensa multidão. Com palavras na tela, eu jamais gaguejaria. Eu podia levar o tempo que fosse preciso para pensar na resposta perfeita para qualquer assunto, e na resposta perfeita para qualquer tipo de flerte.

Enquanto conversávamos, pude sentir que ela foi ficando carinhosa comigo, suas palavras mudando a meu favor, como um sorriso malicioso. Antes de encerrarmos nossa segunda noite de conversas online, ela era minha namorada. Meu coração se estremeceu quando vi sua mensagem com aquelas palavras junto de uma face sorridente: "Você gostaria de sair comigo?"

Fui fisgado. Era como se a Internet me permitisse transformar o flerte e sedução em um videogame. Mas não sei se os meus atrativos mostrados pela Internet eram apenas um acaso ou se eram reais. Eu queria - não, eu precisava - saber se aquela pessoa interessante na qual eu me transformara enquanto meus dedos acariciavam o teclado era eu mesmo na realidade.

Então, com uma determinação científica que era propriedade apenas de físicos e paladinos de estágio 80, marquei como meta repetir o meu sucesso. Eu não queria apenas uma outra namorada, mas sim a certeza que viria com a possibilidade de conseguir uma nova namorada.

Poucos dias depois conheci Rachel no almoço e após uma rápida conversa, consegui seu nome de usuário no sistema de mensagens instantâneas. Depois de dois dias, ela também queria marcar um encontro comigo. Comecei a identificar um padrão. Quanto mais mulheres eu seduzia, mais conseguia me distanciar da minha identidade de derrotado e tornar-me o "supercool" Casanova cibernético que eu achava que merecia ser.

Repeti varias vezes o feito. Em cinco minutos eu conseguia convencer uma garota a me fornecer seu nome de usuário e uma semana depois eu podia convencê-la a sair comigo. Até o fim do ano, eu tinha seis namoradas simultaneamente, todas mantidas por meio de um complicado sistema de mensagens instantâneas, e-mails e encontros rigidamente orquestrados.

Algumas dessas namoradas eram tão nerds quanto eu, enquanto outras eram líderes de torcida e estudantes de escolas preparatórias, mas os detalhes interessavam menos que o entusiasmo de simplesmente ser capaz de fazer com que uma garota gostasse de mim, uma depois da outra, e depois manter essa atração.

Geralmente eu conversava online com cinco garotas ao mesmo tempo, cada conversa com um flerte diferente (um sobre trocadilhos, outro sobre filosofia); era como equilibrar pratos. Muitas daquelas garotas eu jamais encontrara pessoalmente, mas tínhamos profundos e estáveis relacionamentos online. Também tive encontros com umas poucas selecionadas; cinemas e museus, jantar e dançar, e tudo o mais que eu achei que os casais de adolescentes fariam. Cada encontro era cuidadosamente planejado para não cruzar com nenhuma outra garota.

Nada era um desafio grande demais. Primeiro eu conquistei a namorada de meu melhor amigo e quando nós terminamos, conquistei sua nova namorada. Eu tinha uma namorada em Nova York e uma na Filadélfia. Tinha uma namorada que conheci em um trem e uma garota que conheci num clube noturno. Tinha uma republicana e uma democrata, uma artista e uma engenheira, uma cristã e uma atéia.

Cada uma delas achava que eu era dela e eu estava tão enredado na emoção de tudo aquilo que não sentia a menor pontada de culpa. Minha vida amorosa era uma tecnologia que eu havia aprendido na prática e dominado; tudo que eu precisava fazer era pressionar os mesmos botões na ordem correta todas as vezes, e os segredos do amor fluíam de lá.

A Internet era mais que apenas uma linha direta com o mundo. Ela se transformara em um veículo para o meu desejo de ser amado.

Continuei com a minha encenação por três anos e minha sensação de desafio desvaneceu-se assim como meu cinismo aumentou. Numa noite de domingo, no meu último ano na faculdade e eu voltava do cinema onde fora com uma das minhas namoradas quando meu telefone informou que eu tinha uma nova mensagem de texto. Era de Amber, a garota com a qual eu ficara mais tempo: "Eu te amo." Eu te amo.

Essas três palavras me causaram um choque de arrependimento. Eu não a amava; na verdade amor jamais fizera parte da equação para mim. Com a ajuda do meu computador eu conseguia seduzir garotas com as quais eu nem conseguiria falar pessoalmente, mas quantidade alguma de "smileys", palavras ou LOLs poderiam me fazer amar alguém que eu não amava. Meu poder de sedução era real, mas meu afeto era fictício.

Percebi que eu precisaria desfazer o que havia feito antes que perdesse o rumo quanto ao que realmente era importante para mim e para as pessoas que eu havia enganado.

Lidei com isso da maneira mais difícil. Sentei-me à frente de meu computador e comecei a romper relacionamentos, digitando muitas vezes aquelas três horríveis palavras: "Nós precisamos conversar". Senti alívio quando acabei com as mentiras.

Nos próximos meses a minha vida dedicou-se a uma série de rompimentos, um depois do outro, ao mesmo tempo em que eu limpava o meu harém na lista de contatos, de 19 relacionamentos falsos. Às vezes eu rompia com elas, às vezes elas terminavam comigo. O resultado era o mesmo: liberdade. Mas se a Internet havia acelerado a minha entrada em tais relacionamentos, sair deles foi uma agonia que levou muito tempo.

Quando dois nerds rompem pessoalmente, a ameaça de contato visual geralmente encerra a conversa em minutos. É doloroso, mas pelo menos é rápido. Quando dois nerds rompem pelo telefone, isso pode levar até uma hora. Com o e-mail ou mensagens instantâneas, o embate pode durar mais que uma edição especial do filme "Senhor dos Anéis". Passavam-se eternidades enquanto eu aguardava os significativos silêncios entre cada frase. Isso levou muito tempo.

Mas não encare essa minha história como um alerta. Eu estava cego pela crença comum de que de certa forma um relacionamento criado na Internet não era real. Quando eu vi aquele mal-fadado torpedo - "Eu te amo" - percebi a verdade. A Internet não é um lugar em separado do mundo real para onde uma pessoa pode ir. A Internet é o mundo real. Apenas mais rápido.

Quando saí da faculdade naquele outono, senti como se estivesse saindo para a luz do sol depois de anos no escuro. Eu poderia ter um novo começo junto de centenas de outras pessoas que estavam prontas para assumir seus papéis na vida real. Eu poderia me afastar das mentiras que coloquei na tela do computador, poderia encontrar uma forma tanto de ser atraente como verdadeiro para a pessoa que eu realmente sou.

Meses depois conheci Lara numa exibição de meia-noite de "The Rocky Horror Picture Show." Ela ficou sentada ao meu lado bastante tempo depois que o filme havia terminado, enfrentando o cansaço e uma cadeira grudenta só para ficar comigo.

"Aqui está", ela disse agindo daquela forma sutil à qual as garotas recorrem quando estão interessadas, mas não querem tornar isso óbvio. Na sua mão estava um pedaço de papel. "Essa é a minha identidade no serviço de mensagens."

Sorri para ela. "Obrigado", eu disse. "Você será a única na minha lista de contatos."

Tradução: Claudia Dall'Antonia

Fazendo a escolha certa do Cônjuge


Fazendo a escolha certa do Cônjuge
Autor(a): Pr. Josué Gonçalves

Namoro - Noivado - Casamento
O dicionário define namoro como cortejar, inspirar amor, apaixonar, cativar,
desejar ardentemente, empregar todos os esforços para obter, ficar encantado
etc. Sempre que tratamos deste tema, a pergunta que mais ouvimos é: O namoro é
bíblico? A Bíblia não fala de namoro, o que não significa afirmar que os
jovens daquele tempo não namoravam. (Pv 18:24) Gosto do que disse Henry
Cloud: "Deus pode fazer as pessoas crescerem pelo namoro da mesma forma que as
faz crescer por outra atividade".
O namoro dentro da cultura brasileira, se tornou um fenômeno social, isto
porque a busca por alguém para este relacionamento, vem ocupando o primeiro
lugar na lista de prioridades na vida dos jovens. Estamos vivendo em uma
sociedade, onde infelizmente predomina a inversão dos valores, por isso
namorar é quase uma imposição até para os que estão na pré-adolescência.
Diante desta realidade que vivemos faz-se necessário refletirmos sobre alguns
pontos importantes.
O casamento começa a ser construído no namoro.
Se a escolha do futuro cônjuge começa a partir do namoro, os jovens precisam
saber que: Esta é uma etapa para o conhecimento recíproco da natureza, da
consistência e da estabilidade dos sentimentos que estão envolvidos e dos que
a ele deram origem. Infelizmente, e com freqüência, o namoro tem se tornado
uma corrida mal orientada e desenfreada, que termina com um casamento às
pressas. Esta fase é importantíssima pelo fato de conduzir a um aprofundamento
de relações que é o noivado. É um período de educação de sentimentos, de abrir
muito os ouvidos e os olhos. É no namoro que começa a formação, o nascimento
do cônjuge, eis a razão porque este relacionamento deve ser administrado com
muito critério e responsabilidade. Quando os jovens não levam a sério esse
primeiro passo na direção do compromisso maior, que é o casamento, a tendência
é construir um projeto de vida vulnerável. É imprescindível que Deus seja o
Senhor do "namoro", e o resultado final será um casamento abençoado.
Quando o namoro se torna prejudicial.

1. O namoro deixa de ser importante quando acontece antes do tempo (Ec 3:1; Lm
3:27).
Quando o relacionamento afetivo e comprometido é concretizado antes do
tempo, dificilmente é edificante e construtivo. Os pais precisam atentar para
este fato e insistir com os odolescentes mostrando que, um namoro iniciado aos
quatorze anos é um condicionante de ciúmes desmedido e um estimulante poderoso
para a prática do auto erotismo.
2. O namoro deixa de ser importante quando não tem um propósito definido. A
vida do cristão precisa ter propósito bem definido de acordo com os princípios
da Palavra de Deus. O jovem não é obrigado a se casar com a primeira
namorada, mas é necessário que o mesmo tenha este ideal em sua mente. Um
namoro sem propósito é um relacionamento fadado ao fracasso, frustrações e sem
a aprovação de Deus. (Rm 14:5b e 23;
3. O namoro deixa de ser importante quando é possessivo. A unidade de um casal
seja no namoro, noivado ou casamento não pode ser doentia. Se o casamento não
é uma chamada para o encarceramento, quanto menos o namoro. O ciúmes
patológico aprisiona os namorados, e isto é destrutivo. No amor não há este
sentimento de possessividade. (1 Co 13)
4. O namoro deixa de ser importante quando é leviano. Há um versículo em
Provérbios que define bem o leviano: "Assim é o homem que engana o seu
próximo, e diz: Fiz isso por brincadeira". (Pv. 26:19)
5. O namoro deixa de ser importante quando é indisciplinado. (Pv 5:12) Jovens
disciplinados sabem a hora de chegar e de sair, evitam lugares solitários e
propícios para os excessos etc. A indisciplina de alguns tem sido a causa do
fracasso do relacionamento.
6. O namoro deixa de ser importante quando é imoral. O que Paulo disse a
Timóteo, serve para todos os jovens que desejam agradar a Deus também no
namoro. "Fuja de qualquer coisa que lhe provoque os pensamentos malignos que
os rapazes muitas vezes têm, mas aproxime-se de qualquer coisa que o leve a
querer fazer o bem. Tenha fé e amor, e sinta prazer na companhia daqueles que
amam o Senhor e têm coração puro". (2 Tm 2:22 BLH) Lembre-se que toda
infiltração da impureza no namoro começa com o aconchego excessivo. (Pv 6:27;
EZ 23:3; Os 2:2; 1 Ts 4:1-8)
Uma lista de idéias práticas que pode ajudar os jovens na escolha.
Toda escolha importante na vida, é sempre muito difícil, isso porque se
errarmos os prejuízos podem ser irreparáveis. Uma das escolhas mais importante
na vida de um jovem, é a do futuro cônjuge. O pastor Davi Merkh desenvolveu
uma lista de idéias práticas que pode auxiliar todos aqueles que desejam
começar um relacionamento debaixo da bênção de Deus:
1. Fazer uma lista das qualidades desejáveis no futuro cônjuge. Essa lista
deve ser dividida em duas partes: a) qualidades essenciais e b) qualidades
desejadas (opcionais).
2. Estabelecer um "pacto de namoro". O ideal é que seja um acordo entre pais e
filhos, mas isso não significa que o jovem não pode firmar uma "aliança" entre
ele e Deus só. O pacto deve incluir padrões de namoro, traçar o tipo de
envolvimento esperado entre qualquer namorado e os pais, e como o
relacionamento deve caminhar em direção ao casamento.
3. Permitir que os pais sejam os "guardiões" do seu coração. Provérbios 4:23 e
23:26 falam da importância do coração, e da necessidade de guardá-lo puro.
Deus constituiu os pais como protetores do coração de seus filhos. Parte
fundamental desta "vigia" do coração dos filhos pelos pais, inclui o exemplo
de pureza moral dos pais, especialmente nos hábitos de entretenimento (filmes,
programas de TV, revistas, Internet etc.). As ações dos pais falam mais alto
que suas palavras.
4.Confiar na opinião da sua família e amigos chegados. Provérbios nos lembra
de que há segurança na multidão de conselheiros sábios-pessoas que nos
conhecem, mas também conhecem a Deus (Pv 11:14, 15:22, 24:6). Infelizmente
muitos jovens ignoram o conselho de seus amigos, irmãos e irmãs-justamente as
pessoas que melhor os conhecem. Tragédias no casamento são o resultado
freqüente da indiferença em relação aos conselhos poderiam ajudar.
5. Procurar o acompanhamento de um casal mais maduro.
6. Procurar um "estágio" dos "interessados". O "estágio" nada mais é do que
tempo investido por cada pessoa (de preferência, depois do noivado) na casa do
outro. O propósito é de conhecer tão de perto quanto possível os gostos, as
tradições, os maneirismos em resumo saber qual a cultura dessa outra família.
7. Fazer um aconselhamento pré-nupcial.

O NOIVADO
O noivado é um passo que só deve ser dado quando os dois já estiverem
plenamente convictos de que estão no centro da vontade de Deus, a data do
casamento programada e os dois já conhecem o caráter, a personalidade, os
ideais um do outro. O noivado não deve ser um período no qual o casal se sente
tão seguro, ao ponto de extrapolarem os limites cometendo o pecado de
fornicação. Estar noivos, não significa que já pertencem um ao outro como
marido e mulher, ainda há um tempo de espera a ser respeitado para não ofuscar
a beleza da união do casal em Cristo Jesus. O período do noivado, deve servir
para a preparação de tudo aquilo que tem a ver com o inicio da caminhada
conjugal, isso vai desde o curso pré-matrimonial, a compra do vestido da noiva
e da roupa do noivo, passando pela cerimônia, festa, viagem de lua de mel,
casa, mobília, igreja onde vão congregar, isto é, quando não congregam na
mesma igreja etc. Lembre-se, uma viagem improvisada é sempre muito arriscada,
a sabedoria e a prudência nos ensinam, que, quanto mais longa a viagem, melhor
e maior deve ser a preparação, pois são muitos os imprevistos a serem
enfrentados. O casamento é uma viagem que foi programada por Deus para durar a
vida inteira, (Mt 19:6) eis a razão porque o casal deve se preparar muito bem.
Não é interessante que o noivado seja muito longo, é preciso usar o bom senso,
se os dois estão certos da vontade de Deus e se sentem maduros e preparados
para o casamento, não tem porque protelar.

O CASAMENTO
Compreendendo o vínculo conjugal através de algumas definições.
Ao ser interrogado pelos fariseus sobre o divórcio, Jesus respondeu: "Não
tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez, E disse:
Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois
numa só carne? Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus
ajuntou não o separe o homem". (Mt 19:4-6)
1. Casamento é uma relação afetiva e sexual estável entre um homem e uma
mulher de grande importância psicológica e social que foi projetada por Deus,
é uma das mais antigas da humanidade que sofreu sem dúvida algumas mudanças ou
adaptações ao longo da história, conservando porém a sua essência.
2. Casamento é a união voluntária entre duas pessoas de sexos opostos, sob um
mesmo teto, com o fim de partilhar a vida em todos os seus aspectos. Do ponto
de vista jurídico, é o contrato livremente firmado por um homem e uma mulher,
pelo qual se assegura a opção por uma vida em comum e pela repartição
recíproca dos bens.
3. Casamento é um pacto sagrado, legal, público, social e monogâmico.
4. Casamento é uma escola onde os dois se matriculam para aprender a ser o que
na maioria das vezes nunca foram - marido e esposa.
5. Casamento é um contrato social entre duas pessoas dispostas a servir.
Costumo dizer em minhas palestras para casais que: "Quem não serve, não serve
para ser marido ou esposa".
6. Casamento é a construção de uma nova cultura a partir de duas já
existentes. Isto porque os dois trazem das famílias de origem uma herança da
cultura familiar.
Concluindo, o namoro é a porta de entrada em direção ao casamento, e quando
todo o processo é dirigido por Deus, terá a garantia da sua presença que dará
ao casal a certeza de uma vida debaixo das suas bênçãos. Nas próximas lições
estaremos estudando sobre os aspectos fundamentais para a vida de casal e de
família.

Namoro a distância - será que funciona ?

Namoro a distância - será que funciona ?
Autor(a): Pr. Josué Gonçalves

1- O que o senhor pensa sobre os perigos de um relacionamento à distância?
Nenhum relacionamento está isento de riscos e perigos, porém, quando duas pessoas assumem um compromisso estando longe uma da outra, o que vai determinar a força dessa relação é a profundidade do caráter de cada um. Quantos casamentos foram iniciados a partir de um relacionamento a distância, e são felizes. O fato de algumas pessoas terem se dado mal num relacionamento assim, não significa que ninguém mais deve investir nesse tipo de namoro. Relacionamento a distância fracassados não é a regra.
2- Há algum risco de ocorrer uma traição quando a saudade aperta ou quando
se encontra uma outra pessoa interessante?
A possibilidade de uma traição sempre existe, mesmo estando perto um do outro, porém, é claro que a ausência do parceiro(a) e o fato de se encontrarem esporadicamente, pode esfriar a relação vulnerabizando assim a relação. Lembre-se, por mais que ele(a) sinta saudade, o que faz as pessoas sustentarem o compromisso e se guardarem uma para outra, é o amor. A Bíblia diz que o amor é paciente, tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta (1 Co 13:4-7).
3- Como saber manter a chama acesa mesmo longe do namorado(a).
Com o avanço tecnológico, hoje os casais podem se comunicar através da Internet,(e-mail, vídeo câmera, MSN, ICQ...) telefone, fax etc. O contato permanente, mesmo a distância pode aprofundar o vínculo levando os dois a manterem o pacto de fidelidade. O namorado(a) precisa estar sempre lembrando que ele(a) está longe fisicamente, mas presente emocionalmente. A forma mais eficaz de conservar a chama acessa, é manter a conexão através dos meios disponíveis de comunicação. Os jovens amantes, sempre encontram uma forma de fazer o amor crescer apesar da distância. O amor é a causa motivadora da criatividade.
4- Como controlar a questão do ciúme e não se tornar uma torre de vigia por
meio de ligações, cartas, e-mails etc.
Toda relação equilibrada é fundamentada na confiança e isso tem a ver com o caráter e maturidade das pessoas. O ciúme faz parte de um estágio de infantilidade emocional. Na proporção que a pessoa vai amadurecendo e tomando consciência do respeito que deve ter quanto aos limites do outro, o comportamento tende a mudar. O que não pode é alimentar esse sentimento em vez de buscar cura e libertação.
5- Namorar longe pode comprometer a relação dentro do casamento?
Depende, se os dois são apenas namorados, a resposta é não, mas se estão casados e por alguma razão um precisa ficar longe do outro durante muito tempo, ai sim é uma situação de grande risco. Conheço muitos casamentos que ruíram, porque um dos cônjuges resolveu ir para um outro pais a fim de ganhar dinheiro e o longo período que passaram distantes um do outro foi o fator determinante para que acontecesse uma traição. Quando estão os dois estão apenas namorando, é mais fácil administrar a distância, é claro que não é como se estivessem próximos. O casal precisa amar o suficiente para assimilar todas as implicações de um relacionamento assim.
6- É possível conhecer a pessoa mesmo estando longe? (como fazer para
descobrir os caprichos, os valores, as manias, o gênio, o caráter, o
relacionamento com a família) gostaria que você falasse sobre cada item
desse separadamente.
Mesmo à distância, os dois precisam buscar meios para se encontrarem, a fim de que não seja um namoro 100% virtual. A verdade, é que, mesmo estando próximos e se encontrando com freqüência, ainda não é possível conhecer o suficiente, imagina estando longe. Um relacionamento à distância, muito mais do que aquele onde o dois está perto um do outro, precisa haver total transparência e sinceridade. Os dois vão precisar escrever, falar ao telefone, expor um para outro tanto as suas qualidades como os defeitos, e a tendência nessa fase é apenas mostrar o lado bom e omitir o ruim. É importante fazer contato com os pais, a família e os amigos, que podem dar testemunho da pessoa.
Um outro fator é que nós somos de certa forma aquilo que falamos, ao se comunicar durante um bom tempo com alguém, logo vamos conhecendo o perfil do caráter e da personalidade dessa pessoa. O que não pode acontecer, é o jovem fazer toda a leitura apenas com os óculos da paixão, ai é impossível uma analise criteriosa do outro. Sempre quem está de fora enxerga melhor do que os envolvidos, por isso leve muito a sério a opinião de pessoas maduras e que podem ajudar.
7- Namorar à distância funciona ou não funciona?
Depende muito dos envolvidos e das circunstâncias. Quando a distância é extremamente grande e os dois só vão se encontrar no dia do casamento para se verem pela primeira vez e casarem, essa decisão me parece ser um pulo no escuro sem saber onde vão cair. Ë imprescindível que o casal na medida do possível, se encontre, ainda que esporadicamente. Esse contato, onde os dois possam se olhar, ouvir, sentir a presença etc, é fundamental.
8- O senhor não acha que o relacionamento do casal de namorados entre suas
famílias é importante? Então como proceder se eles moram longe?
A família é importante no relacionamento, mas os pais devem respeitar a liberdade de escolha dos filhos. Se a escolha que o(a) está fazendo é dentro dos princípios da Palavra de Deus e do outro a pessoa escolhida se mostra ser alguém que vale o investimento, não há o porque a família jogar contra. O amor vence obstáculos!
9- ver o relacionamento do/a namorado(a) com a família dele(a), ver como se
tratam etc, também não é importante? Mas, no entanto, a distância também
impede de observar isso, como fazer então para sanar o problema?
Como conselheiro que trabalha a muito tempo com casais e jovens, tenho orientado que, independente de quem seja a família do outro, é necessário que haja respeito e consideração. Isso porque é leviano dizer ao namorado, noivo ou cônjuge "te amo" e não querer bem a família dele(a), isso é o absurdo da incoerência. A forma como um vê a família do outro e com ela se relaciona tem muito mais a ver com a maturidade dos dois.
10- agora, à luz da Bíblia, termine deixando uma dica legal para os casais
que namoram à distância.
Não importa o quão distante estão, o relacionamento tem que ser construído sobre base sólida, e nenhum outro alicerce é melhor do que os princípios estabelecido por Deus em sua Palavra. Tudo o que começa sem Deus termina em fracasso, mas quando o Senhor está no controle de todas as coisas, o relacionamento tem tudo para ser bem sucedido. A confiança na soberania de Deus e o amor pode fazer com que um namoro a distância desemboque num casamento feliz.
Alguns conselhos:
1. Estamos vivendo na era da "virtualidade", onde muitos se conhecem através da internet. Cuidado, não seja precipitada(o) em se envolver num encontro virtual, nesses encontros nem todos dizem a verdade, é preciso muito cautela.
2. A vida é o resultado das suas escolhas, por isso a sua decisão deve estar respaldada na vontade Deus, busque-a como prioridade número um, não abra mão disso por nada.
3. Nunca se ponha debaixo de um jugo desigual com os incrédulos.
4. Não namore por lazer. Namoro não é passa tempo.
5. Após iniciar um relacionamento a distância, não deixe a "emoção" falar amais alto do que a "razão", mantenha os pés no chão.
6. Lembre-se, maturidade é também saber dizer não quando necessário.
7. Envolva seus pais e sua família nesse projeto, eles poderão dar o apoio moral necessário em qualquer relacionamento relevante.
8. O pastor deve ser o seu conselheiro espiritual nessa área, esta cobertura é imprescindível.
9. Cuidado com o ciúme doentio, toda pessoa ciumenta vive aprisionada e busca sempre aprisionar o outro, isso é torturante.
10. Nunca acredite em tudo o que falam e seja criterioso(a) no julgamento sobre a pessoa com a qual está se relacionando.
11. Leia o Salmo 37, principalmente o versículo 4.

Os 10 mandamentos do namoro

Os 10 mandamentos do namoro
Autor(a): Pr. Josué Gonçalves

OS DEZ MANDAMENTOS DO NAMORO
Namoro é uma fase muito bonita. É definida como o ato de galantear, cortejar, procurar inspirar amor a alguém. O namoro cristão, tenha a idade que tiver, deve ser uma convivência afetiva preliminar que amadurece e prepara o casal para o compromisso mais profundo. O contrário disso, longe dos princípios de Deus, pode resultar em uma experiência nociva e traumática. Observe alguns princípios que ajudam a manter o seu namoro dentro do ponto de vista de Deus.
1. Não namore por lazer: namoro não é passatempo e o cristão consciente deve encarar o namoro como uma etapa importante e básica para um relacionamento duradouro e feliz. Casamentos sólidos decorrem de namoros bem ajustados.
2. Não se prenda em um jugo desigual (II Co 6:14-18): iniciar um namoro com alguém que não tem temor a Deus e não é uma nova criatura pode resultar em um casamento equivocado. E atenção: mesmo pessoas que freqüentam igrejas evangélicas podem não ser verdadeiros convertidos ou não levarem o relacionamento com Deus a sério.
3. Imponha limites no relacionamento: o namoro moderno, segundo o ponto de vista dos incrédulos, está deformado e nele intimidade sexual ou práticas que levam a uma intimidade cada vez maior são normais, mas o namoro do cristão não deve ser assim, o que nos leva ao próximo mandamento.
4. Diga não ao sexo: Deus criou o sexo para ser praticado entre duas pessoas que se amam e têm entre si um compromisso permanente. É uma bênção para ser desfrutada plenamente dentro do casamento; fora dele é impureza.
5. Promova o diálogo e a comunicação: conversar é essencial, estabeleça uma comunicação constante, franca e direta e não evite conversar sobre qualquer assunto.
6. Cultive o romantismo: a convivência a dois deve ser marcada por gentileza, cordialidade e romantismo. Isso não é cafona, nem é coisa do passado e traz brilho ao relacionamento.
7. Mantenha a dignidade e o respeito: o namoro equilibrado tem um tratamento recíproco de dignidade, respeito e valorização. O respeito é imprescindível para um compromisso respeitoso e duradouro. Desrespeito é falta de amor.
8. Pratique a fidelidade: infidelidade no namoro leva à infidelidade no casamento. Fidelidade é elemento imprescindível em qualquer tipo de relacionamento coerente à vontade de Deus, que abomina a leviandade.
9. Assuma publicamente seu relacionamento: uma pessoa madura e coerente com a vontade de Deus não precisa e nem deve lutar contra seus sentimentos ou escondê-los.
10. Forme um triângulo amoroso: namoro realmente cristão só é bom a três: o casal e Deus. Ele deve ser o centro e o objetivo do namoro.
Deixe Deus orientar e consolidar seu namoro. Viva integralmente as bênçãos que Deus tem para você através do namoro. E seja feliz.